Love contract

Estava eu muito bem a folhear uma revista que comprei no Verão e que não li por pura preguiça, quando me deparo com uma entrevista a um senhor chamado Robert Epstein, que defende com todas as forças que pode existir um Contrato do amor, que, resumidamente, significa que podemos escolher uma pessoa e construir intencionalmente com ela uma relação.

O psicólogo americano afirma que a atracção física é importante, mas que não deve ser confundida com o amor, dado que este precisa de ser «cimentado» ao longo do tempo e é essa «construção» que torna a relação mais resistente aos erros. Quando lhe foi perguntado quais são os principais erros que as pessoas cometem nas relações, a resposta foi directa: Estar com alguém apenas devido à atracção física; acreditar em almas gémeas e procurar a pessoa certa anos a fio; ter demasiadas expectativas em relação ao futuro. Este Contrato, segundo Epstein, pode resultar com toda a gente, mas se existir uma atracção facilita muito. O psicólogo termina a entrevista dizendo que «a atracção física é pouco significativa quando se pensa em construir uma relação, pois não vemos as pessoas como elas são na realidade».

Então eu, que ando por aqui à espera que o Principezinho apareça, bem posso começar a escrever umas cláusulas para ver se ele aparece assina no fim, de maneira a que o contrato seja vitalício e que ambas as partes fiquem satisfeitas.

Fonte: Revista Saber Viver, Julho 2010